Governo pode facilitar uso do FGTS no crédito imobiliário
12/05/2015
A preocupação com a retirada recorde de recursos da poupança não é só da Caixa, mas de todos os outros bancos que aplicam esse dinheiro em financiamentos imobiliários. As instituições e o setor da construção civil chegaram a pedir ao Banco Central autorização para usar uma parte dos recursos que os bancos são obrigados a deixar no BC - os depósitos compulsórios - nesses financiamentos, da mesma forma que foi feito com os empréstimos para a compra de carros. Mas, em meio ao aumento da Selic para controlar a inflação, o BC não acatou o pedido, que vai na contramão do aperto monetário.
O jornal O Estado de S. Paulo apurou ser mais provável que o governo aceite flexibilizar outras regras para ajudar no financiamento imobiliário. Entre elas, o aumento da faixa de financiamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Atualmente, o limite é de R$ 190 mil para imóveis nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio e no Distrito Federal. A sugestão é ampliar o teto para R$ 300 mil e cobrar nessas operações taxas intermediárias entre as que são cobradas nos financiamentos com recursos da poupança e as dos empréstimos com FGTS.
O setor também pede que o BC revise a regra de aplicação de recurso da poupança. Atualmente, 65% do que é captado na caderneta deve ser direcionado para o financiamento habitacional. No entanto, os bancos sempre conseguiram uma maneira de "burlar" essa regra com a utilização dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). A questão é que, fazendo isso, o dinheiro da poupança, que era para ser usado na construção de casas, também financia imóveis comercias, por exemplo.
Todo o problema teve origem na saída dos recursos da poupança. Até o saldo final, que inclui os rendimentos da caderneta, está diminuindo: caiu de R$ 522,3 bilhões no fim do ano passado para R$ 510,1 bilhões em abril deste ano.
A situação mais delicada é a da Caixa, que detém quase 70% do crédito imobiliário. A instituição vem utilizando recursos captados no mercado, a um custo significativamente maior em período de juros básicos em elevação, para completar a poupança nas operações de crédito imobiliário.
Cenário
No Banco do Brasil, a retirada de dinheiro também preocupa, e a instituição já recorreu a outras formas de captação, como a LCI. Dessa forma, o banco teve de reduzir o spread - diferença entre o custo de captação e o que é cobrado do cliente. Também repassou as últimas altas na taxa Selic. Os dois maiores bancos privados (Itaú e Bradesco) teriam mais "gordura". No Santander, os saques na poupança também preocupam.
Fonte: Murilo Rodrigues Alves - Estadão
Outras Notícias
Lançamento Vista Park em Jundiaí
Localizado em uma das principais avenidas da cidade de Jundiaí, o Vista Park é um empreendimento completo com mais de 50 ítens de...Queda na inflação faz mercado imobiliário retomar crescimento
Após um ano marcado pela crise econômica e política, as previsões para o ano de 2017 são mais positivas. De acordo o...Boas notícias no mercado imobiliário
Ao que tudo indica, o mercado imobiliário vive somente de notícias ruins nos últimos meses. Quem vê os noticiários, ...Mercado imobiliário: momento bom para investir em imóveis
A máxima de que tijolo é moeda forte está cada vez mais viva Marco Barone Recentemente, uma grande imobiliária usou u...Regras para prazos de locação
COMO CONTAR O PRAZO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO Muitas pessoas não sabem quando inicia e quando termina um contrato de loca&ccedi...The Financial Times elege Jundiaí como uma das 10 melhores cidades da América para se investir
The Financial Times, um dos mais célebres e respeitados grupos britânicos, por meio da FDI Magazine's American Cities of the Future 2...Caixa anuncia linha de R$ 4 bi para financiamento de até 85% do imóvel
Linha de crédito é para imóveis avaliados em até R$ 400 mil. Taxas de juros efetivas variam entre 7,85% a.a e 8,85% a.a. ...
Vendas de imóveis novos em SP sobem 3,3% em maio ante 2014
Rio de Janeiro - As vendas de imóveis residenciais novos na capital paulista subiram 3,3 por cento em maio na comparação anual, i...
Vagas de garagem podem valorizar apartamentos em mais de 20%
São Paulo - A falta de vagas de garagens e estacionamentos em determinadas regiões das grandes cidades pode valorizar em mais de 20% um ...